Ministério Clevam

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A Igreja que cresce em amor

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

"... contudo, não estou só, porque o Pai está comigo."

Leia João 16:32

Não é preciso dizer que, agir segundo convicções, é sacrifício custoso. Poderá significar renúncias e separações, que poderão nos deixar com um estranho sentimento de privação e solidão. Mas aquele que deseja voar como a águia, para as maiores alturas, acima das nuvens, e viver ao sol de Deus, precisa contentar-se em viver uma vida de certa forma solitária.
Nenhum pássaro é tão solitário como a águia. A águia não vive em bandos. Quando muito, se vêem duas de uma vez. Mas a vida vivida para Deus, embora desprovida de companhias humanas, conhece a comunhão com Deus.
Deus procura homens semelhantes à águia. Ninguém chega a uma percepção das melhores coisas de Deus, sem que aprenda a andar a sós com ele. Encontramos Abraão sozinho nas alturas de Horebe, mas Ló, habitando em Sodoma. Moisés, instruído em toda a ciência do Egito, precisa ficar quarenta anos no deserto a sós com Deus. Paulo, que era cheio da cultura grega e se havia sentado aos pés de Gamaliel, precisou ir para os desertos da Arábia e aprender a vida a sós com Deus. Deixemos que Deus nos isole. Não me refiro ao isolamento de um mosteiro. Nessa experiência de isolamento de que falo, ele desenvolve em nós independência de fé e vida; de modo que a alma não precise mais da constante ajuda, oração, fé ou atenção do próximo. Essa assistência e inspiração de outros membros é necessária e tem o seu lugar no desenvolvimento cristão, mas chega um tempo em que os outros são um direto empecilho à fé e ao bem do indivíduo. Deus sabe mudar as circunstâncias a fim de nos dar uma experiência a sós. Um dia nós nos pomos nas mãos de Deus, submissos; e eis que ele nos conduz através de alguma coisa. Porém, quando isso passa, embora continuemos a amar do mesmo modo os que nos cercam, não dependemos mais deles. Percebemos que ele fez alguma coisa em nós e que as asas da nossa alma aprenderam a sobrevoar alturas maiores.
Precisamos atrever-nos a ficar a sós. Jacó precisou ser deixado só, para que o Anjo de Deus segredasse ao seu ouvido o místico nome de Siló; Daniel precisou ser deixado a sós, para que tivesse visões celestiais; João precisou ser exilado em Patmos, para que pudesse receber e reter firmemente "as impressões do céu".

Ele atravessou o vale da dor sozinho. Estamos preparados para um "glorioso isolamento", a fim de sermos leais a ele? 

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