Ministério Clevam

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A Igreja que cresce em amor

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

"Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo."

Galátas 6:14

Eles estavam vivendo para si mesmos; o eu, com suas esperanças, promessas e sonhos, ainda os tinha em suas mãos; mas o Senhor começou a responder a suas orações. Tinham pedido um coração contrito e tinham-se entregado a Deus para que tal coração lhes fosse dado, a qualquer preço; e ele lhes mandou tristeza; tinham pedido para serem mansos, e lhes partiu o coração; tinham pedido para morrerem para o mundo, e ele destruiu suas vivas esperanças; tinham pedido para serem feitos semelhantes a ele, e os colocou na fornalha, sentando-se junto deles "como refinador e purificador de prata", até que pudessem refletir a sua imagem; tinham pedido para tomar a sua cruz, e quando a estendeu a eles, ela lhe dilacerou as mãos.
Eles estavam pedindo sem saber o que pediam, mas ele os pegou na palavra e lhes concedeu todas as suas petições. Estavam longe de pensar em segui-lo até tão longe, ou de chegar tão perto dele. Veio sobre eles um temor, como a Jacó em Betel ou a Elifaz na noite das suas visões, ou aos apóstolos quando pensaram ver um fantasma e não sabiam que era Jesus. Sentiam-se quase como a pedir-lhe que afastasse deles sua presença solene. Achavam fácil levar a cruz do que ficar suspensos sobre ela. Mas não podiam voltar atrás, pois tinham chegado perto demais da cruz invisível, e suas virtudes os haviam atingido profundamente. Ele está cumprindo para com eles a promessa: "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo." (Jo 12:32)
E agora chegou a vez de eles serem atraídos. Antes, tinham apenas ouvido falar do mistério, mas agora o sentem. Ele fixou neles seu olhar de amor, como fez a Maria e a Pedro, e eles não têm outra escolha a não ser segui-lo!
Pouco a pouco, de tempos em tempos, por leves lampejos, o mistério de sua cruz brilha sobre eles. Eles o contemplam exaltado, contemplam a glória que resplandece das feridas de sua santa paixão; e à medida que olham, avançam e são transformados na sua imagem, e seu Nome brilha através de suas vidas, pois ele habita neles. Eles vivem a sós com ele lá em cima, em inefável comunhão; prontos a não ter o que outros têm (e que eles poderiam ter tido), e a ser diferente de todos, para que sejam só como ele.
Assim, eles são, em todas as épocas, "os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá".
Tivessem eles escolhido por si mesmos ou seu amigos por eles, e teriam escolhido de outra forma. Teriam sido mais ilustres aqui, mas menos gloriosos no Reino de Deus. Teriam tido a porção de Ló, não a de Abraão. Se tivessem hesitado em alguma parte - se Deus tivesse retirado de sobre eles a mão deixando-os voltar atrás - o que não teriam perdido? Que detrimentos não haveria na ressurreição?
Mas ele os conservou em pé, a despeito de si mesmos. Muitas vezes os seus pés bem que teriam escorregado. Na sua misericórdia, ele os conservou de pé. Agora, mesmo nesta vida, eles sabem que tudo o que ele fez foi sempre bem feito. Foi bom sofrer aqui, para poderem reinar ali; suportar a cruz aqui em baixo, para usarem a coroa lá em cima; e para que neles e a respeito deles fosse feita não a sua própria vontade, mas a vontade dele. - Anônimo

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